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Trinca-ferro-verdadeiro

O trinca-ferro-verdadeiro é uma ave passeriforme da família Thraupidae.
No Brasil existem cerca de oito formas do gênero Saltator, todas relativamente parecidas. Apenas uma das espécies, o bico-de-pimenta é bem diferente, pois uma máscara preta desce até a garganta, e o bico tem uma cor laranja bem intenso. Muito caçado e apreciado por seu belo canto.
Também é chamado de trinca-ferro, bico-de-ferro, tempera-viola, pixarro, pipirão, estevo, papa-banana (Santa Catarina), titicão, tia-chica e chama-chico (interior de São Paulo).

Características

Um pouco menor do que outras espécies do mesmo gênero, possuem o mesmo bico negro e forte que originou o nome comum dessas aves. Como no tempera-viola (Saltator maximus), apresenta dorso verde, cauda e lados da cabeça acinzentados. A listra superciliar é a mais comprida das três espécies (ave adulta), com o “bigode” menos definido e garganta toda branca. Por baixo, domina o cinza nas laterais, tornando-se marrom alaranjado e branco no centro da barriga. Asas esverdeadas. O juvenil não possui a listra tão extensa, sendo a mesma falhada ou inexistente, logo após saírem do ninho.
Bico bastante enérgico e fortificado (o quê deu cunho ao nome “trinca-ferro”), com cauda diferenciada em tamanho. Não existe diferenças corporais entre machos e fêmeas.
Seu canto varia um pouco de região a região, embora mantenha o mesmo timbre. Para diferenciar o macho da fêmea é necessário perceber o canto do macho e o piado da fêmea.


 

Alimentação

O trinca-ferro-verdadeiro é um típico onívoro, se alimentando de frutos, insetos, sementes, folhas e flores (como as do ipê). Aprecia os frutos do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa). Na infância seu regime alimentar é predominantemente animal. O macho costuma trazer alimento para sua fêmea.




Reprodução

O ninho é construído em arbustos a 1 ou 2 metros de altura, é uma tigela espaçosa, com cerca de 12 centímetros de diâmetro externo, feita com folhas grandes e secas seguras por alguns ramos, resultando uma construção frouxa; no interior são colocadas pequenas raízes e ervas. Os 2 ou 3 ovos, alongados, medem cerca de 29 por 18 milímetros e são azul-claros ou verde-azulados, com manchas pequenas e grandes no pólo rombo, formando uma coroa. Durante o período de reproduçao, vivem estritamente aos casais sendo extremamente fiéis a um território.
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Bico-de-pimenta

 O bico-de-pimenta, também conhecido como batuqueiro, é uma ave passeriforme da família Thraupidae. Antigamente conhecida pelo nome científico Saltator atricollis.

Características

Mede cerca de 20 centímetros de comprimento, possui a máscara e pescoço anterior negros, partes superiores cinza pardacentas com reflexos anilados especialmente no dorso e nas asas, as partes inferiores são cinza amareladas claras. As rêmiges são negras com bordos interiores brancos. As retrizes são negras, o bico é grosso e laranja avermelhado. A fêmea possui as mesmas cores porém mais atenuadas, o bico é vermelho pálido. O jovem apresenta as partes superiores, cabeça e pescoço anterior pardos, bico anegrado e partes inferiores estriadas.

Alimentação é um típico onívoro, se alimentando de frutos, insetos e sementes.

Reprodução

Na época reprodutiva, o ninho é confeccionado em forma de taça sobre os galhos das árvores ou em moitas de capim é feito com raminhos, talos e ervas e a cavidade é forrada com talos de capim. A fêmea põe de 2 a 3 ovos com incubação média de 13 dias. São de 2 a 3 ninhadas por ano.

 

 

 

 

 

 

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Curió

O curió é uma ave passeriforme da família Emberizidae, conhecido também como avinhado, bicudo e peito-roxo (Pará). Seu nome científico denota um erro, pois é uma ave encontrada exclusivamente nas américas.
O curió é muito estimado por seu canto, por isso é um dos pássaros canoros mais caçados e engaiolados por criadores, chegando ao nível de redução significativa de sua população em seu ambiente natural.
Seu nome, na linguagem indígena, significa “amigo do homem”. Por extensão, não podemos afirmar que o homem seja propriamente um amigo do curió, reduzindo seu habitat natural, caçando-o impiedosamente e fazendo desse pássaro um verdadeiro ícone de disputas de canto e de comércio desenfreado, que funciona nos meandros e muitas vezes na marginalidade das leis de proteção ambiental, beirando a imoralidade gananciosa e permissiva.
Atualmente o curió, assim como muitos outros pássaros brasileiros, encontra-se ameaçado de extinção, em decorrência da caça e comercialização que visam o mercado dos criadores ilegais e da destruição de seus ambientes naturais.

Características

Mede 13cm. de comprimento.
O bicudo (Sporophila maximiliani) é um parente muito próximo do curió e também excelente cantor, só que um pouco maior e é todo preto e com a mesma mancha branca na asa.

Alimentação

Alimenta-se basicamente de alguns insetos, várias sementes em especial a semente do capim navalha, subindo nos pendões de capim ou catando-as no chão.

Reprodução

Faz um ninho de paredes finas, em formato de xícara. Põe 2 ovos branco-esverdeados com muitas manchas marrons e a eclosão ocorre cerca de 13 dias após a postura. Passados 30 dias do nascimento, os filhotes já estão prontos para sair do ninho. Atingem a maturidade após um ano de idade. O período de acasalamento inicia-se no final do inverno e dura até o término do verão.

















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Coleirinho

O coleirinho é uma ave passeriforme da família Emberizidae.

Também conhecido como coleiro, coleirinha, papa-capim,papa-arroz ou tui tui. É a espécie mais popular do grupo dos papa-capins, sendo também a mais abundante na maioria dos locais onde ocorre.

Etimologia: Sporophila - do grego sporos = semente + philos = que tem gosto ou predileção por; Caerulescens - do latim caerulescens = azulado. [FRISCH, 338]
Como todos os outros membros do gênero Sporophila, pode ser chamada de “papa-capim” acompanhada de algum outro adjetivo. Sporo é semente e, phila provem de phyllo que significa afinidade. seriam realmente os “que tem afinidade com sementes” ou “papa-capim”. A denominação caerulescens significa azulado, possivelmente pela intensidade do negro de suas penas possuirem um tom azulado.

Características

Mede 12cm. O macho, com seu inconfundível colar branco e negro recebeu essa denominação. Além do colar, ao lado da garganta negra um “bigode” branco define a área sob o bico amarelado ou levemente cinza esverdeado. Existem machos com peito branco e outros amarelo. Seu canto sofre grande variação regional.
A fêmea é toda parda, mais escura nas costas. Sob luz excepcional, é possível ver que ela também possui o esboço do desenho da garganta do macho. Os machos juvenis saem do ninho com a plumagem idêntica à fêmea. As fêmeas não são canoras.

Alimentação

Congregam-se nos capinzais soltando grãos e usam o bico forte para quebrar as sementes. O nome papa-arroz vem do hábito de também usarem plantações de arroz como fonte de alimentação. Além do arroz, adaptaram-se às várias gramíneas trazidas da África e acompanharam a expansão da pecuária nas áreas anteriormente florestadas. Aprecia os frutos do Tapiá ou Tanheiro (Alchornea glandulosa). Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.

reprodução

No período reprodutivo (outubro a fevereiro), o casal afasta-se do grupo e estabelece seu território. O ninho e todas as demais tarefas correspondem à fêmea, ficando o macho com a atribuição de cantar para afastar outros coleiros da área. Apesar de viver nas áreas abertas, procura árvores da borda das matas nos horários quentes do dia e nidifica em árvores e arbustos do contato mata/campo aberto. O ninho, feito à base de gramíneas, raízes e outras fibras vegetais é construído em forma de tigela rasa sobre arbustos a poucos metros do solo. A fêmea põe geralmente 2 ovos, que são incubados por cerca de duas semanas, Cada fêmea choca 3 ou 4 vezes por ano. Os filhotes abandonam o ninho após 13 dias de vida e com 35 dias, já estão aptos a comerem sozinhos, e atingem a maturidade sexual logo no primeiro ano de vida, podendo viver em média de 10 a 12 anos.



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Canário-da-terra-verdadeiro

O canário-da-terra-verdadeiro, conhecido também como canário-da-horta, canário-da-telha (Santa Catarina), canário-do-campo, chapinha (Minas Gerais), canário-do-chão (Bahia), coroinha, canário-da-terra e cabeça-de-fogo, é uma ave admirada pelo canto forte e estalado e por isso é frequentemente aprisionada como ave de cativeiro (está entre as 10 mais apreendidas, segundo o IBAMA) mesmo tal ato sendo considerado crime federal inafiançável pela Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98). Graças a ação das autoridades e da conscientização da população, registros do canário-da-terra-verdadeiro vêm se tornando mais freqüentes nos últimos anos.

Características

Tamanho aproximado: 13,5 centímetros. Peso médio: 20 gramas. Cor amarelo-olivácea com estrias enegrescidas nas costas e próximo das pernas. Asas e cauda cinza-oliva. A íris é negra e o bico tem a parte superior cor de chifre e a inferior é amarelada. As pernas são rosadas. A fêmea e o jovem tem a parte superior do corpo olivácea com densa estriação parda por baixo, com as penas e cauda e tarso quase enegrescidos. Com 4 a 6 meses de idade, os filhotes machos já estão cantando, e levam cerca de 18 meses para adquir a plumagem de adulto.

Alimentação

Alimenta-se de sementes no chão. É uma espécie predominantemente granívora (come sementes). O formato do bico é eficiente em esmagar e seccionar as sementes, sendo portanto, considerada predadora e não dispersora de sementes. Ocasionalmente alimenta-se de insetos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.

Reprodução

Faz ninhos cobertos, na forma de uma cestinha, em lugares que variam desde uma caveira de boi até bambus perfurados. Freqüentemente utiliza ninhos abandonados de outros pássaros, sobretudo do joão-de-barro. Pode fazer ninhos em forma de cesta em plantas epífitas (orquídeas e bromélias), em buracos de telhas e outros locais que ofereçam proteção. A fêmea põe em média 4 ovos que são chocados por 14 ou 15 dias.
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Azulão

O azulão é uma ave passeriforme da família Cardinalidae. Também é conhecida pelos nomes de azulão-bicudo, azulão-do-nordeste, azulão-do-sul, azulão-verdadeiro, guarundi-azul, gurandi-azul, gurundi-azul e tiatã.
No Brasil existem três subespécies de azulão:
  • Cyanoloxia brissonii brissonnii: Ocorre na região Nordeste, do Piauí ao sul da Bahia e no norte de Minas Gerais. De coloração azul claro.
  • Cyanoloxia brissonii sterea: Subespécie existente no sul e sudeste do Brasil, do sul de Minas Gerais e Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, Uruguai e nordeste da Argentina . Nessas regiões é conhecido por azulão e azulão do Paraná. É maior e sua cor é um azul mais escuro que a forma nominal.
  • Cyanoloxia brissonii argentina : No extremo oeste do Mato Grosso, no leste da Bolívia, no norte da Argentina e na região do Chaco no Paraguai. Esta subespécie é a de maior tamanho entre todas e também de um azul escuro, como a anterior. Difere desta, basicamente, pelo maior tamanho.

Características

De bico avantajado e negro. O macho é totalmente azul-escuro, com partes azuis brilhantes. A fêmea e os filhotes são totalmente pardos com as partes inferiores um pouco mais claras. Canto Sonoro e melodioso. Emite um canto diferente no crepúsculo e pela madrugada.
As populações do Sul do Brasil, possuem tamanho corporal mais avantajado, quando comparado com as do Nordeste.

Alimentação

Sua alimentação é bem variada, sobretudo de sementes, frutas e insetos.

Reprodução

O azulão se reproduz entre setembro e fevereiro, constrói seu ninho não muito longe do solo e cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos, tendo de 3 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem entre 13 e 15 dias após a fêmea botar os ovos.
















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Bico-de-lacre

O bico-de-lacre é uma ave passeriforme da família Estrildidae. Conhecido também como beijo-de-moça (Minas Gerais), bico-de-lacre-comum, bico-de-lata (Santa Catarina) e bombeirinho (Espírito Santo).
É uma espécie exótica, proveniente da região sul da África. Introduzido no Brasil através de navios negreiros no reinado de D. Pedro I. Reintroduzido no interior de São Paulo na segunda metade do século XIX. Deve ter sido levada para os outros estados pelo homem, pois, devido à sua capacidade de vôo reduzida, sua distribuição é menos espontânea que o pardal.

Características

Mede cerca de 10,5 cm de comprimento e pesa 7,5 g.
O distintivo morfológico mais proeminente são as protuberâncias branco-resplandescentes na base da maxila e da mandíbula dos filhotes, que refletem a luz, aparecendo como fosforescentes no interior escuro do ninho, orientando os pais para a alimentação. Essas protuberâncias secam depois que os filhotes deixam o ninho, mas permanecem no desenho da boca.
Sexos parecidos, crisso e coberteiras inferiores da cauda negros no macho e pardo escuros nas fêmeas. Imaturo de bico negro, quase sem a ondulação e o vermelho intenso da plumagem.

Alimentação

Um fato curioso é que a espécie alimenta-se basicamente de sementes de gramíneas africanas, como o capim-colonião e o capim-elefante, introduzidos em nosso País para a formação de pastagens

Reprodução

Faz ninho em arbustos fechados, de forma esférica ou oval, com paredes grossas feitas de capim, penas de galinha e algodão, acessível por um tubo estreito. Põe 3 ovos pequenos de cor branca, os quais são =chocados pelo casal por cerca de 13 dias.

Hábitos

É comum em campos e terrenos baldios nas cidades. Originário da África, o bico-de-lacre foi trazido para o Brasil em navios negreiros para servir como pássaro de estimação, durante o reinado de D. Pedro I. Tendo escapado das gaiolas, inicialmente no Rio de Janeiro, espalhou-se por diversas regiões brasileiras. Vive em bandos de cerca de 6 indivíduos.


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